domingo, 30 de março de 2014

Quem sabe uma bela iniciativa para outros municípios!!!!

Itaboraí inaugura primeira clínica-escola para autistas

Berenice Piana foto Edmilson Domingos
O espaço tem capacidade para até 100 autistas e funcionará também como centro de capacitação de profissionais

Em 1º de abril,véspera do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, será inaugurada em Itaboraí, na região metropolitana do Rio, a primeira clínica-escola para autistas do Brasil. É uma iniciativa da Prefeitura do município, atendendo a uma antiga luta do Movimento Família Azul, liderado por Berenice Piana di Piana, mãe de um jovem autista, de 19 anos. Foi ela quem inspirou a Lei federal 12764/12, que assegura a matrícula de autistas na rede regular de ensino. A lei, aliás, leva o nome de Berenice. De acordo com dados do Movimento
Família Azul, hoje em Itaboraí e municípios da região existem cerca de três mil autistas; no Rio são 180 mil; e no Brasil, 2 milhões.

Segundo a coordenadora de educação especial do município, Valéria Sales, a clínica-escola não irá substituir o ensino na escola regular, funcionará como local de triagem para casos mais graves de autismo, cujos portadores apresentam hipersensibilidade. Terá capacidade para até 100 autistas, que permanecerão na clínica até estarem aptos ao ensino regular. Além de psicólogos e fonoaudiólogos, o espaço, mantido pela Prefeitura, por meio das Secretarias de Educação e Saúde, terá terapeutas ocupacionais e neuropediatra para diagnóstico. Também funcionará como centro de capacitação de profissionais que lidam ou pretendam lidar com portadores da síndrome.
Segundo a secretária de Educação, Susilaine Duarte, na rede municipal existem 500 alunos especiais, deste total, 50 são autistas. “Eles recebem atenção de professores mediadores e inspetores cuidadores. A clínica-escola não irá eliminar esse trabalho nas escolas, ela ajudará no atendimento aos casos mais extremos e na inserção deles na rede regular”, afirma a secretária.
Para Berenice Piana, a clínica-escola de Itaboraí servirá de modelo para todo o País não só no tratamento de autistas, mas na formação e capacitação de profissionais. “A inauguração desta escola representa um grande avanço para as famílias de autistas. Hoje no Brasil há uma legião de adultos autistas que nunca foram tratados. Poucas pessoas sabem lidar com a síndrome e por isso a clínica-escola é importante, especialmente no esclarecimento às famílias e formação de profissionais das áreas de saúde e educação”, afirma Berenice.
Em outubro do ano passado, Berenice procurou o prefeito da cidade, Helil Cardozo, para apresentar o projeto da clínica-escola como primeiro passo para inclusão de autistas na rede regular de ensino. “O prefeito não só gostou da ideia, como fez questão de visitar outras associações de pais, como a de Volta Redonda, e em poucos meses nos apresentou o espaço onde a unidade iria funcionar”, contou ela, que ajudou os técnicos das secretarias de Saúde e de Educação da cidade a adaptar o imóvel onde a clínica-escola está localizada, no bairro Venda das Pedras.
“Este espaço não é para segregação e sim para inclusão dos portadores de autismo na escola e na sociedade. Nosso objetivo é minimizar o sofrimento das mães. A ideia não é que eles (autistas) fiquem lá para o resto da vida, mas para que seja adaptado e educado até que esteja maduro o suficiente para a escola regular. Sou totalmente a favor da inclusão do autistas no ensino regular e também apoio o ensino especial para quem necessite”, declarou o prefeito Helil Cardozo.
Durante a solenidade de inauguração da clínica-escola haverá uma apresentação do tenor e pianista Saulo Lucas, que é autista.


sexta-feira, 7 de março de 2014

MAIS UMA HISTÓRIA SOCIAL


"Assim como todos nós temos de aprender a andar antes de correr, temos de ensinar nossos filhos a “pensar socialmente” para que eles possam comportar-se de acordo com as regras sociais, com base em compreensão e intenção positiva, e não apenas por repetição mecânica ou medo das consequências. O pensamento social desafia o seu filho a incorporar contexto e perspectiva às suas ações – analisar os aspectos físicos, sociais e temporais do seu ambiente, levar em consideração os pensamentos e pontos de vista alheios; usar a imaginação compartilhada para brincar com um amigo; e compreender que os outros têm pensamentos e reações favoráveis ou nem tão favoráveis a ele, baseados no que ele diz e faz. O pensamento social é a fonte da qual se originam os nossos comportamentos sociais, e essa inteligência socioemocional pode desempenhar um papel mais importante no sucesso do seu filho no longo prazo do que a inteligência cognitiva."  Ellen Notbohm, com a tradução de Mirtes Pinheiro. do livro “Dez Coisas que Toda Criança com Autismo Gostaria que Você Soubesse”.

Entender este processo de pensamento na cabecinha dos autistas e especificamente aqui, falando do Cássio que ama livros e imagens, este recurso de criar histórias sociais, está ajudando muito.

Comecei a criar algumas histórias partindo de assuntos que o interessam e/ou que julgo ele assimilar. Além disso, estas primeiras histórias foram pensadas também levando se conta questões e comportamentos que precisam ser trabalhados como:
  • Volta às aulas
  • Seletividade alimentar
  • Recusa de se sentar à mesa
Aqui vão algumas: